A poesia nasce em mim
Gérmen de trigo semeado
Em seara postada ao vento
Brotam-me na alma seivas selvagens
Mágoas de vida sem cor
Lágrimas de raiva, escorrendo
Solo árido, sem vida sem amor
Precoce envelhecimento
Poesia…
Forma de ser e de estar
Serenidade presente
A cada letra impressa
No caderno dos desencantos
Onde se refugiam gritos calados
Dores, tormentos e prantos
Vontade escondida de chorar.
A aridez da alma
Onde se passeia a tristeza
Seca, arenosa terra
Impaciência, falsa calma
De silêncios surdos
Silenciados
Na voz dos sussurros.
Com a poesia
Solta-se a fúria retida
Cada letra, cada palavra
Cada verso, cada rima
Desencantos encantados
Dos destinos desencontrados
Da felicidade e do amor.
quarta-feira, 31 de março de 2010
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